Greve na UnB segue até governo assinar acordo

Shares

Os servidores técnico-administrativos da UnB decidiram em assembleia realizada nesta terça-feira (29) manter a greve iniciada no dia 28 de maio, até que o governo federal assine o acordo firmado com a categoria.

A previsão da Fasubra – federação que representa nacionalmente a categoria – é de que o documento seja assinado nesta quarta-feira (30), quando representantes do governo federal se reúnem com membros da entidade sindical.

Na próxima terça-feira, dia 6 de setembro, os servidores técnico-administrativos da UnB voltam a se reunir em assembleia para decidir os rumos do movimento paredista. A atividade será na Praça Chico Mendes, às 9h.

Veja aqui a proposta do governo

Corte de ponto
Na última semana, a administração superior da UnB indicou que poderia cortar o ponto dos servidores grevistas, como orienta documento enviado pelo governo federal. A reação do Comando Local de Greve do Sintfub foi imediata: eles rechaçaram a possibilidade e lembraram aos representantes da reitoria que nenhuma universidade pública federal encaminhou pedido de corte de ponto dos grevistas.

O Comando alegou que trabalhadores e governo ainda estão em processo de negociação e que não faz nenhum sentido promover o corte dos dias parados. De acordo com a assessoria jurídica do Sintfub, liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) garante a legitimidade da greve. Com isso, não se justifica o corte de ponto dos servidores que aderiram à greve.

Contra a repressão
O ponto alto da assembleia desta terça-feira (29) foi a manifestação dos técnico-administrativos contra o reitor da UnB, Ivan Camargo. Em entrevista publicada pelo jornal Correio Braziliense no último domingo (27), o reitor atacou firmemente o movimento grevista da categoria, desmoralizou o Comando Local de Greve do Sintfub, se posicionou favoravelmente a iniciativas de privatização do serviço público e disse que a jornada de trabalho de 30 horas semanais é coisa de “outro mundo”. Este último ponto é pauta histórica dos técnico-administrativos e, curiosamente, foi um dos principais pontos da campanha de Ivan Camargo durante as eleições para reitor.

Ao final da assembleia, os trabalhadores subiram as rampas do prédio da reitoria com gritos de protesto. Nenhum representante da reitoria se dispôs a conversar com a categoria.

Acesse aqui a Análise do Sintfub sobre entrevista do reitor Ivan Camargo ao Correio Braziliense

admin

Shares