Em audiência com o coordenador-geral do Sintfub, Mauro Mendes, e deputada federal Érika Kokay (PT-DF), a procuradora do Ministério Público do Trabalho, Paula Ávila, afirmou que chamará a administração superior da UnB, o Sintfub e a empresa Planalto para reunião de mediação. O objetivo é agilizar o pagamento do adicional insalubridade de 275 trabalhadores terceirizados pela Planalto que atuam na UnB, e tiveram o benefício suspenso indevidamente no início deste mês devido a um imbróglio entre a Universidade e a Planalto.
De acordo com o diretor de terceirização do DGP da UnB, Júlio Versiani, na renovação do contrato com a Planalto, em fevereiro deste ano, foi apresentado à empresa modificações ao laudo pericial que mostra as funções que deverão receber o adicional insalubridade. “A empresa deve acatar ou contestar, e ela não fez nada”, afirma Versiani. Segundo o diretor, a UnB continua pagando à empresa o valor referente ao adicional insalubridade dos trabalhadores da Planalto. Já o representante da empresa Planalto, que também compareceu à assembleia dos trabalhadores terceirizados, afirma que a UnB não repassou à empresa o valor referente ao adicional insalubridade que deve ser pago aos trabalhadores.
A engenheira do trabalho Ana Lorena, indicada pelo Sindiserviços – sindicato que representa os trabalhadores terceirizados do DF –, afirmou que, até esta sexta-feira (28), finalizará o novo laudo que mapeará os trabalhadores da empresa Planalto na UnB que têm direito ao adicional insalubridade. “Com o laudo pronto, o Sindiserviços encaminhará o documento para a empresa que, por sua vez, encaminhará para a UnB, que dará validade ou não ao laudo”, afirma o coordenador-geral do Sintfub, Mauro Mendes.
Segundo o dirigente sindical, a empresa Planalto afirmou que, após a avaliação do laudo, pagará o adicional de insalubridade aos trabalhadores terceirizados, inclusive com retroativo para os que tiveram o benefício suspenso.