Cerca de 80% dos servidores técnico-administrativos da UnB, de diversos setores, paralisaram as atividades por tempo indeterminado desde o dia 28 de maio, quando foi deflagrada a greve geral da categoria.
“Os técnico-administrativos da UnB estão dando uma aula de mobilização. Somente com a unidade na luta iremos alcançar a vitória. Só deflagramos a greve porque não houve interesse do governo em negociar, foi o último recurso utilizado. Agora, vamos intensificar a pressão e mostrar a importância da categoria de servidores técnico-administrativos. Não lutamos apenas por melhores salários e condições de vida, mas, principalmente, por um ensino superior público e de qualidade”, afirma o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes.
O sindicalista ainda critica o corte de mais de R$ 9 bilhões na Educação, feito pelo governo federal como parte da política de ajuste fiscal adotada, conhecida como Plano Levy, em referência ao Ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “É no mínimo contraditória a posição do governo federal. O lema do Executivo é “Brasil, Pátria Educadora”, mas se adota uma política de corte, que prejudica diversas políticas públicas para o setor. O Sintfub preza pela liberdade e a autonomia sindical e não vai se alinhar ao governo que for quando se tratar de retirada de direitos da classe trabalhadora”, diz o sindicalista.