A mobilização pela greve continua

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A imprensa anunciou que o governo Bolsonaro supostamente vai reajustar, a partir do dia 1º de julho, os salários dos servidores federais em 5%.

É bom deixar claro, contudo, que esse anúncio da imprensa não teve qualquer confirmação oficial da parte do governo. Para, de fato, se concretizar, essa proposta de reajuste tem que se transformar em um Projeto de Lei e ser aprovado pelo Congresso.

Suposto reajuste de 5% é uma vergonha: perda salarial já chega a 23,19%!

Mas 5% de reposição, após 19,99% de perdas entre 2019 e 2021 e 3,2% de perdas no primeiro trimestre de 2022, não resolve nosso problema. E ainda representa um insulto contra os servidores públicos, que estão a quase cinco anos sem qualquer reajuste.

Está claro que para dobrar esse Governo e conquistar a valorização que merecemos, precisamos aumentar a pressão pelos 19,99%. É momento de transformar a indignação em greve!

Ao ensaiar pela imprensa um suposto reajuste, Bolsonaro tenta acalmar os ânimos dos servidores, que estavam aumentando as mobilizações na Esplanada dos Ministérios. Representantes do governo revelaram que há o temor no Palácio do Planalto de que os servidores entrem em greve.

Desde o início do ano acontecem atos dos servidores federais, tanto em Brasília-DF, quanto nos Estados. A Campanha Salarial 2022 montou um estado de vigília permanente em frente ao Ministério da Economia. E nessas mobilizações, temos semanalmente uma participação importante dos técnico-administrativos da UnB.

E dando continuidade a esse protagonismo da nossa base, vamos novamente às lutas pela recomposição salarial na semana de 25 a 29 de abril, quando teremos uma importante Jornada Nacional do Serviço Federal, em Brasília-DF e nos Estados, contando ainda com um Dia Nacional de Paralisação dos Servidores Públicos, que acontecerá em 28 de abril – e será debatido pelo SINTFUB na Assembleia Geral de 27/04.

Não há outro caminho, para conseguir uma confirmação oficial de reajuste e que represente, de fato, uma recomposição das nossas perdas, que não seja o da luta.

O governo Bolsonaro está envolvido em várias denúncias de corrupção, como os casos demonstrados na CPI da Pandemia, os escândalos e denúncias no Ministério da Educação (MEC), o benefício de empresas ligadas a políticos da base do governo e do centrão (como o caso dos kits de robótica comprados à escolas que, por vezes, sequer tem água encanada), os gastos exorbitantes das Forças Armadas (com itens como remédios pra disfunção erétil, aplicações estéticas de botox, remédios pra calvície e itens de alimentação e bebidas de luxo aos generais), além dos gastos exorbitantes no cartão corporativo.

Essas denúncias mostram que não faltam recursos para nosso reajuste: falta vontade política. E também mostram uma fragilidade do governo, que pode ser derrotado.

Por isso que seguimos na luta e convocamos toda a base do SINTFUB para continuar a Campanha Salarial 2022, construindo a greve e as mobilizações dos técnico-administrativos em educação da UnB. Unidos somos mais fortes e venceremos!

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Mário Júnior

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