Na tarde da terça-feira, dia 21, dirigentes da Fasubra ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) se reuniram no Palácio do Planalto, com o Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República do governo Lula, Paulo Pimenta.
Os representantes dos trabalhadores técnico-administrativos das instituições de ensino de todo o país apresentaram ao ministro a pauta da categoria em defesa da reestruturação do Plano de Carreira.
Cristina Del Papa, da coordenação -geral da Fasubra, apresentou a necessidade da negociação do governo com os trabalhadores inclusive do indicativo de greve para o dia 11 de março, caso as reuniões previstas para esta semana não avancem.
O ministro Paulo Pimenta, que acompanha a luta da categoria de longa data, falou que esteve recentemente com representantes dos trabalhadores da Universidade Federal de Santa Maria (no Rio Grande do Sul) e está acompanhando de perto a situação. Inclusive citando a luta da categoria desde 2005 pela reestruturação etc.
Segundo ele, o governo quando discutiu o orçamento não havia previsão para negociação salarial. Mas abriu-se essa possibilidade com os casos de atendimento de outras categorias. “Estamos em parceria para construir uma proposta dentro do governo”, disse.
O representante do SintFub na reunião, Edmilson Rodrigues de Lima, destacou que houve avanços nas universidades e institutos, mas agora é necessário democratizar a permanência inclusive dos servidores. “A educação é um setor estratégico e os servidores precisam fazem parte da valorização da educação”, disse.
“Se ministros e a segurança pública que tem altos salários ganhou reajustes etc. porque os servidores que acumulam perdas não podem receber?”, questionou Cristina del Papa. Segundo ela, a proposta apresentada pelo governo atual não contempla todos os trabalhadores. “Como o governo tem recebido outras categorias, esperamos o mesmo tratamento”, completou.
A reunião com o ministro antecede a reunião de negociação prevista para a quinta-feira, no MGI, em Brasília. Para quando também está prevista um Dia Nacional de Paralisação e trabalhadores de todo o país se reunirão em frente ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, para defender as suas reivindicações.